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Criado em 2015 por iniciativa de professores e pesquisadores dos Programas de Pós-Graduação em Educação (PPGE/PROGEPE) da Universidade Nove de Julho (UNINOVE), o grupo de estudos Ylê-Educare: educação e questões étnico-raciais é uma unidade acadêmica interdisciplinar com atividades explicitamente vinculadas aos estudos africanos e afro-brasileiros e à educação para as relações étnico-raciais, de acordo com os parâmetros da Lei de Diretrizes e Bases da Educação e com as Leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008.

A criação do Grupo se deu por uma série de objetivos, dentre os quais, destacamos o seguinte:

Apoiar e acompanhar a institucionalização das diretrizes para a educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana, entre outras ações, tais como a oferta de pesquisas, reuniões científicas em que se apresente, discuta, analise aos interesses da população negra, tecendo caminhos pedagógicos acerca das questões étnico raciais, assim como, o fomento da produção de conhecimento sobre a experiência de africanos, afrodescendentes, ao combate da discriminação e do preconceito racial, elucidando a memória, a história e a cultura dos negros e de outras diásporas.

 

 

Identidade Visual

 

 

 

 

 

 

 

 

Sabe-se que a escrita de símbolos Adinkra é uma manifestação cultural da nação Axante (Gana), cuja escrita, reflete um sistema de valores humanos universais, tais como a família, integridade, harmonia, tolerância, determinação, entre outros. Dos diversos símbolos ancestrais, transmitidos de geração em geração, escolhemos “Odenkyem Mmemu”.

“Odenkyem Mmemu” quer dizer, crocodilos siameses ligados pelo estômago. Um símbolo da unidade na diversidade, da democracia e da unidade de propósitos.

Do provérbio, “Funtumfunafu, denkyemmfunafu, won afuru bomu nso wodidi a na worefom efiri se aduane ne de ye di no mene twitwi mu”, constitui-se que, dois crocodilos necessitam de um consenso para conquistar o alimento, afinal, ambos possuem um estomago compartilhado, "os dois crocodilos dividem um estômago e logo aprendem que, ao brigar entre si, ambos ficam com fome". (NASCIMENTO 2008, p.34). Assim, traduz como o símbolo da unidade, união entre os humanos, ainda que pela diversidade cultural, as lutas não devem ser procedentes de interesses egoístas, pois, tudo que se adquire é benefício comum da sociedade.

Quanto aos tons de laranja,[1] associamos à energia, a plena atividade, a saúde, ao calor, a reprodução, ao movimento, expressão dos nossos sentimentos e harmonia. O tom laranja, é uma cor viva que geralmente é associada à euforia e disposição enérgica. Na Colômbia, representa fertilidade, assim, remete ampliação das mentes e as tornam receptivas para novas ideias.

Contudo o Grupo de Pesquisas, que em língua iorubá significa “casa” (Ylê) e com o termo latino “educação” (Educare), situa-se na contramão de todos os processos educativos dos quais está ausente a dialogicidade emancipatória e libertadora.  E como num ato político, que possamos colocar em prática a tão almejada descolonização dos conteúdos educacionais e a contribuir para restituir os sujeitos plurais inato neste país, contra o racismo e todas as formas de discriminação.

A sabedoria é como uma árvore de Baobá. Não é possível abraça-lo sozinhos. (Provérbio Africano). Sigamos!

 

 

Referências e Notas

A composição da marca do Grupo de Pesquisas foi proposta por Daniela Pinheiro, integrante, e aprovado pela Plenária.

[1] Fonte: < https://followthecolours.com.br/gotas-de-cor/laranja-50-curiosidades-interessantissimas-que-voce-nao-sabia-sobre-cor/>

NASCIMENTO, Elisa Larkin; Orgs. Adinkra: sabedoria em símbolos africanos. Rio de Janeiro: Pallas, 2009.

 

NASCIMENTO, Elisa Larkin. A Matriz Africana no mundo. Sankofa: matrizes africanas da cultura brasileira. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de, p. 29-39, 2008.

Última alteração do Layout de Página em Março/2021.

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